A face da mulher mais antiga das Américas

Publicado Por: Museu da Unicap
21 ago 2018
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A reconstituição em 3D foi realizada ao longo das últimas duas semanas pelo designer brasileiro Cícero Moraes, especialista em reconstituir digitalmente faces realistas de personalidades históricas e religiosas. "Eva de Naharon"como é conhecida, é a mulher mais antiga das Américas - pelo menos é o mais antigo fóssil humano encontrado no continente. Dezessete anos depois de ter seus restos mortais encontrados, a "Eva de Naharon" é apresentada com sua face real. Graças a um trabalho de reconstituição em 3D, o crânio dessa mulher ancestral, cuja ossada foi encontrada no México e que viveu há 13,6 mil anos, ganhou traços realistas que permitem ver como eram suas feições.

Em 2001, Del Río foi o descobridor da Eva de Naharon, quando mergulhava em uma expedição do Instituto Nacional de Arqueologia e História do México nas proximidades da cidade de Tulum, no Estado mexicano de Quintana Roo. A equipe explorava cenotes, cavidades naturais comuns na Península de Yucatán e pontos muito utilizados para rituais e sepultamentos pela civilização maia, povo pré-colombiano que habitou a região.

Os trabalhos se seguiram até 2002, com o recolhimento de resquícios arqueológicos e paleontológicos.

O esqueleto dessa mulher, batizada de "Eva de Naharon" - ganhou este nome porque foi encontrada no cenote de Naharon - estava a 22,6 metros de profundidade. E foi encontrado bem preservado, com 80% da estrutura original.

Uma série de análises foi realizada pela Universidade Nacional Autônoma do México para estimar dados sobre a mulher. Eva media 1,41 metro de altura e tinha de 20 a 25 anos quando morreu. Entre 2002 e 2008, três laboratórios diferentes fizeram testes de datação. A idade foi impressionante: com 13,6 mil anos, Eva de Naharon é o mais antigo fóssil humano encontrado nas Américas.

E, de certa forma, indica que houve outras migrações para o povoamento da América, antes do Estreito de Bering ter se convertido em uma "ponte" devido à Era do Gelo.

De acordo com pesquisas realizadas após a descoberta, Eva viveu na região de Yucatán e era caçadora-coletora. Não se sabe se ela foi levada para o labirinto de cavernas - na época, seco - antes ou depois de morta.

Estudos mostram que os cenotes se tornaram estruturas submersas após a Era do Gelo, quando o nível dos oceanos aumentou.

Del Río recorda-se que encontrar Eva exigiu um ano e meio de mergulhos na região. "O trabalho foi uma maratona. Todas as referências nos levaram a lugares escondidos dentro da caverna. Foram muitas horas mergulhando em locais e rotas dentro do sistema até que finalmente obtivemos uma referência precisa da localização dos restos mortais", conta.

"Quando finalmente encontramos o lugar e tive a sorte, juntamente com meu colega Eugenio Acevez, de me deparar com os restos do esqueleto de Naharon, vimos que certamente era um esqueleto humano", diz. "Mas não fazíamos a menor ideia de que se tratava do mais antigo fóssil humano já encontrado no continente."

A descoberta foi relatada ao Instituto Nacional de Antropologia e História do México e, cerca de um ano depois, dentro de um projeto de pesquisa específico, a coleta do material foi realizada - e então se iniciou o processo de análises e datação.

Atualmente, o fóssil está sob a guarda do instituto, com acesso restrito a pesquisadores.

Reportagem na íntegra

Inauguração de Novos Espaços do Museu da UNICAP

Inauguração de Novos Espaços do Museu da UNICAP

Publicado Por: Museu da Unicap
06 jul 2023
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A equipe do Museu de Arqueologia e Ciências Naturais da Unicap, inaugurou no dia 06 de julho de 2023 ás 18h, dois novos espaços que foram possíveis a partir de uma Emenda Parlamentar vinculado ao Ministério do Turismo e de bolsas de apoio á pesquisa fornecidas pela FACEPE. O projeto de construção teve duração de três anos e contou ainda com o apoio de uma rede de museus brasileiros ao qual o Museu da UNICAP tem vínculo, bem como outros parceiros em um equipe diversa.

Estiveram presentes na ocasião juntamente com a equipe do Museu, representantes da mesa diretora, o Pró-Reitor Administrativo, Pe. Carlos Fritzen, e o Pró-Reitor de Graduação, Degislando Nóbrega.

Equipe do Museu composta pela Coordenação (Dra. Roberta R. Pinto), Assessoria (Dr. Leonardo Chaves) e a Museóloga (Rebecka Borges) com o Pró-Reitor Administrativo, Pe. Carlos Fritzen, e o Pró-Reitor de Graduação, Degislando Nóbrega. 

 

A nova exposição "Do mar ao Sertão" conta sobre a Biodiversidade do Estado de Pernambuco de uma forma mais imersiva em que o visitante tenha a sensação de estar passeando pelos ambientes e conhecendo sobre a vasta diversidade dos biomas. 

                                        Expositores dos Biomas da Mata Atlântica e da Caatinga

 

Um auditório de projeção 3D também foi inaugurado na mesma ocasião com a exibição de um vídeo 3D produzido pela nossa equipe em que o visitante teve a experiência de viajar aos arredores da Furna do Estrago e conhecer sobre a biodiversidade associada a população que viveu a 2.000 anos a.p.

 

                                   Pró-Reitor Administrativo, Pe. Carlos Fritzen, com a experiência 3D

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