Professora do curso de Medicina da Unicap pesquisa novas moléculas candidatas a medicamentos - Unicap

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Professora do curso de Medicina da Unicap pesquisa novas moléculas candidatas a medicamentos

Publicado Por: André Amorim

Antes que um medicamento possa ser utilizado em tratamentos realizados em uma unidade de saúde ou encontrado em prateleiras de farmácias, são necessários muitos anos de pesquisas, testes rigorosos e volumosos investimentos financeiros. Na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), um grupo ligado ao curso de Medicina pesquisa moléculas que no futuro podem ser a esperança para combater algumas doenças.

Liderado pela professora Shalom Pôrto, o Grupo BioFarma é vinculado à Escola de Saúde e Ciências da Vida e desenvolve a linha de pesquisa "Planejamento e Aplicação de Novas Moléculas Candidatas a Fármacos". "Eu comecei a trabalhar nessa linha de pesquisa desde a minha entrada como estudante na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em 1996. Então foram quatro anos durante a iniciação científica, dois anos de mestrado e outros quatro de doutorado. Quando eu me tornei professora, eu dei sequência a esse tipo de estudo", lembra a professora.

O objetivo da pesquisadora é melhorar moléculas que já existem, bem como criar outras ainda mais efetivas e menos tóxicas. "É um trabalho muito voltado para a química. Nós trabalhamos com a hibridização molecular, fazendo adições de vários grupos farmacofóricos para fazer com que a molécula fique cada vez mais potente e também, às vezes, eliminando algum efeito ruim que a droga apresenta", explica Shalom Pôrto. 

Com oito anos de pesquisas já realizadas, o grupo já apresentou resultados promissores com moléculas que poderão ser utilizadas no tratamento de altos níveis de gordura na corrente sanguínea - hiperlipidemia. "Nós temos moléculas com potencial anti-hiperlipidêmico, muitas moléculas com atividade antiinflamatória e analgésica, e com baixa toxicidade. No caso das moléculas com atividade anti-hiperlipidêmica, a gente sabe que, depois da chegada das estatinas, as pesquisas praticamente pararam. Então nós estamos investindo em novas moléculas que tenham também o mesmo potencial das estatinas de um modo geral", conta a pesquisadora.

Outra área pesquisada pelo grupo é a produção de moléculas com potencial antifúngico. "Já sintetizamos várias séries de moléculas com vários potenciais. Uma importante contribuição é para atividade antifúngica. A gente tem uma série que se mostrou muito efetiva e uma delas em especial. Inclusive, iremos fazer o pedido de patenteamento", revela a professora do curso de Medicina.

Os trabalhos são desenvolvidos em parceria com a UFPE, através da professora Vera Lúcia Menezes Lima, e com a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), com a colaboração do professor Ronaldo Nascimento de Oliveira, além da cooperação com o Núcleo de Pesquisa em Ciências Ambientais e Biotecnologia (NPCIAMB), coordenado pela professora Galba Takaki. Quatorze estudantes do curso de Medicina participam do projeto, por meio de bolsas oferecidas por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic).

"Os alunos que participam do meu grupo de pesquisa saem com várias habilidades trabalhadas e desenvolvidas. A participação do estudante no grupo vai contribuir muito para a formação acadêmica. E, de repente, algum deles pode despertar para a pesquisa. Além de sair da Unicap com a formação acadêmica escolhida, o estudante sai também com a formação para se tornar um pesquisador ou seguir a carreira acadêmica", pontua Shalom Pôrto.

Importância da pesquisa

Os trabalhos realizados pelo Grupo BioFarma seguem até a chamada fase de ensaio pré-clínica, quando os pesquisadores realizam testes em laboratórios com situações artificiais e animais de experimentação. "Trabalhamos com ensaios pré-clínicos, então a gente não tem como aplicar no modelo ser humano, porque a gente precisa de investimento e o investimento ainda é difícil de ser conseguido", explica a pesquisadora. 

Apesar de algumas de nossas moléculas já estarem encaminhadas para patente, a pesquisa científica no Brasil ainda esbarra na falta de investimentos. "São pesquisas que requerem financiamento, não é fácil trabalhar com isso, tem custo elevado, mas é uma pesquisa muito gratificante porque a gente sabe que, no futuro, essas moléculas, uma vez catalogadas, uma vez publicadas, elas podem ter uma aplicação biológica mais efetiva", finaliza Shalom. 

Seleção para o grupo de pesquisa

Para entrar no grupo de pesquisa liderado pela professora Shalom Pôrto, os estudantes precisam passar por três etapas. A primeira é a análise do currículo Lattes e do Histórico Escolar. Em seguida, o candidato passa por uma entrevista com perguntas direcionadas. Na última fase, o aluno deve apresentar um artigo científico para uma banca formada por Shalom Pôrto e outros alunos que já participaram do projeto.

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