Jornada Unicap Comunitária 2024.1 tem como tema “Universidade em Transformação” - Unicap

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Jornada Unicap Comunitária 2024.1 tem como tema “Universidade em Transformação”

Publicado Por: Daniel França

As aulas só retornam no próximo dia 15, mas os professores e funcionários da Unicap já estão planejando o ano letivo a pleno vapor. O ponta pé do semestre foi dado na manhã desta segunda-feira (5) com a abertura da Jornada Unicap Comunitária, que tem como tema “Universidade em Transformação”.



O MPB Unicap acolheu quem esteve no auditório G2 no ritmo de Carnaval. E foi nesse clima festivo que a mesa diretora da Universidade deu as boas-vindas. Estiveram presentes a Pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação, Valdenice José Raimundo; o Pró-reitor Comunitário e de Extensão, Padre Delmar Cardoso; o Pró-reitor Administrativo, Padre Carlos Frietzen; e o Pró-reitor de Graduação, Degislando Nóbrega.

O Reitor em exercício (e Vice-reitor), Padre Lúcio Flávio, fez o discurso de abertura reafirmando valores da missão institucional da Unicap. “A palavra transformação aparece como elemento chave da missão da universidade, da sua existência, com a qual nos comprometemos e que consta nos nossos documentos oficiais, como o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI)”. Confira a íntegra do discurso ao final da reportagem.     


Na sequência, a senadora Teresa Leitão proferiu palestra sobre o tema a partir do contexto da Conferência Nacional Extraordinária de Educação, Plano Nacional de Educação, Políticas de Cota, experiências de extensão e formação de professores. Durante a sua fala, Teresa enfatizou a necessidade de as universidades manterem uma relação “intima” com a Educação Básica.  

Ela mencionou também o livro “Educação: Carinho e Trabalho”, fruto de pesquisa coordenada por ela na época em que Teresa fazia parte da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação, que revelou o Burnout como enfermidade prevalente entre os professores.

“O Departamento de Psicologia da UnB fez uma pesquisa para uma entidade sindical e desde então temos colocado (os dados) nas mãos de muitos gestores para mostrar que nós não estamos inventando um novo perfil de escola, novas necessidades de formação de professores e, sobretudo, nova necessidade de relacionamento pedagógico, que se dá no chão da escola. E quem foi que nos alertou para isso? A pesquisa. Quem é capaz de realizar uma pesquisa? A Universidade”, disse Teresa sendo aplaudida pela plateia.   

A mediação da palestra foi feita pela diretora da Escola de Ciências Jurídicas, Karina Nogueira Vasconcelos. O evento foi transmitido na íntegra pelo Youtube da Unicap


   

SAUDAÇÃO À COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA / JORNADA 2024.1 (06/02/24)

Estimada Comunidade Unicap (Funcionárias(os), Professores(as), getores(as) dos órgãos acadêmicos e administrativos e administrativos) 

Com muita alegria e esperança dou as boas vindas a todos(as) no início do semestre letivo de 2024.1. Faço-o em meu nome e também em nome do Pe. Pedro Rubens que por conta de um cruzamento de agenda não pode estar conosco hoje, mas retornará ainda no curso da semana e participará de outras atividades da programação. 

Desejo que o período de recesso e/ou de férias, para muitos de nós, tenha sido oportunidade para recarregar as energias através do convívio mais intenso com as famílias, reencontro com amigos(as) e lugares, outras leituras, contemplação e do cuidado de si. O ano de 2023 exigiu muito de todos nós. Recomecemos, pois, com ânimo e energia renovados.

O tema da Jornada Unicap Comunitária, do primeiro semestre de 2024 que ora iniciamos, é uma frase declarativa afirmativa: Universidade é Transformação. Significa um testemunho coletivo, porque assim é esse momento que nos reúne, do compromisso de uma comunidade acadêmica. Compromisso que se inicia na adesão individual de cada uma e cada um de nós à missão institucional concebida conjuntamente, por professores e funcionários. A palavra Transformação aparece como elemento chave da missão da universidade, da sua existência, com a qual nos comprometemos e que consta nos nossos documentos oficiais, como o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) segundo o qual, literalmente, devemos “Preservar, elaborar e transmitir o conhecimento, de modo a formar seres humanos capazes de desempenhar uma atitude construtiva para a transformação de sua comunidade, do país, do mundo, inspirados nos valores cristãos e na tradição jesuíta.”

Em sintonia com o motivo maior da existência da Unicap, insere-se também o Instituto Humanitas Unicap cujo programa “associa-se a uma concepção de ensino segundo a qual a missão da universidade compreende três níveis intimamente entrelaçados: compreender a realidade, responsabilizar-se por ela e nela intervir como um instrumento de efetiva transformação social.” 

Ora, um dilema que se apresenta é que, sendo um instrumento de transformação social, num momento histórico que vivemos caracterizado por mudanças de tantos paradigmas, a universidade também é chamada a mudar, a inovar-se, a dialogar com o novo. A questão de fundo é antropológica que faz emergir concepções humanistas já conhecidas e que aqui se faz necessário lembra-las, ao menos de relance, como a conscientização, sonho ou utopia e a esperança. Segundo Paulo Freire, o mestre da conscientização para quem a educação é uma aproximação crítica da realidade, abre aspas ““ nenhuma realidade é porque tem que ser. A realidade pode e deve ser mutável, deve ser transformável (...), Eu gosto de ser gente porque vivo entre a possibilidade de mudar e a dificuldade de mudar.” Nas palavras de Dom Helder Câmara: ”Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo”. Para o nosso Dom da Paz, que tinha conhecimento profundo da realidade e sabia sonhar acordado e com os pés no chão, para ele “Sem a utopia, os homens já teriam deixado de existir há muito tempo”.

Assim, cada um de nós é chamado(a) a seguir adiante, alimentando-nos de sonhos, de projetos, de entusiasmo pelo viver. Isso é assim porque o tempo, nós sabemos, é devir, é uma contínua abertura para o que ainda-há-de ser, a vida é uma continua caminhada para um novo horizonte, para um “inédito viável”, como dizia  Paulo Freire. E isso é possível porque, entre outros fatores, existe no interior de cada um de nós o “princípio esperança”, segundo o termo desenhado pelo filósofo alemão Ernest Bloch.

Portanto, nesse horizonte esperançoso de Dom Helder e de Paulo Freire, importa cultivar o dom da imaginação, imaginação enquanto capacidade de sonhar, de olhar para a realidade presente e ousar dizer inspirados em Émile Durkheim : “o que é” (esse mundo bom, dom de Deus- mas afligido pelo efeito do mal, um mundo, portanto, difícil, cheio de injustiças, de fome, de violência, de mentiras, de ódio, de guerras, de destruição socioambiental), “o que é, não deveria ser, e o que ainda não é (um mundo melhor, uma sociedade mais justa, um Brasil mais fraterno e igual) deverá ser”. Só o ser humano é capaz de sonhar com mundos novos, com relações mais fraternas e justas– numa linguagem de fé – um cristão é sempre uma pessoa sonhadora de um novo céu e uma nova (Apoc. 21, 1).

O Cardeal Dom Tolentino, em sua palestra aqui na Unicap, no dia 26 de janeiro passado, cujo título foi “Conscientização e Renovamento: pensando o futuro das Universidades” foi enfático nessa perspectiva da esperança. “É curioso que um tópico que nunca falta quando o Papa Francisco fala de universidade é o da esperança. Quase nos fazendo pensar que são termos sinónimos. Trata-se de uma exortação a não desencorajar perante as dificuldades desta estação histórica, mas pelo contrário, a enfrentá-la iluminados pela confiança. Em vez de globalizar o medo e a certeza, Francisco incita-nos a «globalizar a esperança». 

A esperança não é um acessório ou uma eventualidade: ela tem uma raiz ontológica: quando ela falta, falta a vida. Quem habita o mundo universitário não se pode permitir não ter esperança. A esperança é a nossa missão. Ela não é um otimismo superficial, mas é um saber arriscar de maneira certa.”

 A dinâmica de mudanças e desafios no Brasil, especialmente, na economia, na Educação Superior e na cultura sob o impacto da tecnologia cobra de instituições como a nossa uma corrida contra o tempo em busca de adequações, atualizações, redimensionamentos em todos os âmbitos. 

Tendências cruciais se destacam para a transformação e aprimoramento do ensino superior no Brasil e no mundo e, consequentemente, desafiam uma instituição de 80 anos como a Unicap a realizar reposicionamentos desde o relacionamento com os possíveis candidatos a uma vaga nos nossos cursos à sala de aula, aos processos e sua gestão em todos os níveis. 

  • A expansão das tecnologias digitais impulsionou a adoção de modelos diferenciados de aprendizagem. Plataformas online, recursos multimídia e ferramentas de colaboração têm permitido uma maior flexibilidade no acesso ao conhecimento, proporcionando aos estudantes a oportunidade de aprenderem em seus próprios ritmos e ambientes. Em face disso, como podem a Universidade e ensino formal continuarem aportando diferença no itinerário das juventudes? Que aspectos que lhe são próprios devem ser aprofundados? Quais aspectos devem ser corrigidos? 
  • Inovação Pedagógica e Metodologias Ativas: a busca por metodologias ativas de ensino, que incentivam a participação ativa dos estudantes, o trabalho em equipe e a aplicação prática do conhecimento, tem ganhado destaque. A promoção do pensamento crítico e de habilidades socioemocionais tornou-se uma prioridade para preparar os estudantes para os desafios complexos de um mundo que bombardeia com informações e ofertas de felicidade, mas que negligencia a importância do processamento crítico e do discernimento. 
  • Inteligência Artificial:  como incorporar a IA no ensino superior a serviço de uma maior personalização da experiência educacional?  
  • Internacionalização:  internacionalização do ensino superior ganha importância, com instituições buscando parcerias globais, intercâmbios e programas de dupla titulação. A Unicap tem caminhado nessa busca e, certamente, poderá avançar mais ainda. A exposição a diferentes perspectivas culturais e a colaboração em projetos internacionais enriquecem a experiência acadêmica e preparam os estudantes para um mundo cada vez mais interconectado.  
  • Sustentabilidade e Responsabilidade Socioambiental: como esta preocupação tão cara ao papa Francisco e necessária para um novo mundo possível tem se refletido no nosso ensino, nas nossas pesquisas, na nossa extensão? É necessário desenvolver uma verdadeira paixão por esta causa de modo a promover a consciência socioambiental entre os estudantes e em todos os níveis de nossa gestão em vista de uma contribuição decisiva para a sociedade. 
  • Desenvolvimento de Habilidades do Século XXI: Além do conhecimento específico técnico em cada área, mais que nunca, precisamos desenvolver habilidades essenciais, como pensamento crítico, resolução de problemas, criatividade, comunicação eficaz e colaboração. Não foi à toa que no recente encontro com reitores de universidades católicas de todo o mundo o papa Francisco cravou o humanismo como o DNA da confessionalidade católica das Instituições de Ensino Superior que nasceram do coração da Igreja (Ex corde ecclesiae). 
  • Formação Contínua: a rápida evolução das profissões e tecnologias demanda uma abordagem de aprendizado ao longo da vida. Isso nos coloca face a tarefa de oferta de programas de formação contínua, cursos modulares e certificações, garantindo que os profissionais possam se manter atualizados ao longo de suas carreiras. 

Essas tendências apontam para a necessidade de transformação e renovação constantes das instituições de ensino superior, como chamou atenção o Cardeal Tolentino na mencionada conferência. O comprometimento com a inovação, inclusão, e preparação abrangente dos estudantes para os desafios futuros são essenciais para a excelência humana e profissional de nossos estudantes. 

 

Reconheço o gigantismo dos desafios que temos atualmente, sobretudo, num contexto de escassez dos recursos que exige sacrifícios e muita criatividade. Não podemos permitir que a ansiedade determine o ritmo e o espírito das transformações e das renovações que precisamos fazer! Precisamos sabedoria para não ficarmos presos ao passado, nem satisfeitos inertes com o presente, mas também, sabedoria para não atropelarmos o futuro. As metas não se alcançam num passo de mágica ou por imposição sem base comunitária. Por isso, é decisivo cultivarmos a abertura e a acolhida aos sinais dos tempos para coletivamente nos colocarmos no rumo das transformações e das renovações. Isto nos propiciará a coesão necessária para mantermos a esperança, o sentido e o gosto do futuro. Como o Padre Pedro gosta de repetir: Desesperar, jamais! 

Quero, em nome da comunidade acadêmica, dar ás boas-vindas aos novos docentes e funcionários, bem como desejar um bom trabalho aos que estão assumindo postos de gestão, direção de escola, coordenações de curso.

Muito obrigado a toda equipe organizadora desta Jornada Unicap.

Um bom início de ano letivo para todos(as). Que 2024,1 seja um semestre exitoso e feliz!

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