Publicado Por: Alessandro Douglas

A luta de lideranças femininas tem um motivo. Sabe-se que o Pacífico possui uma das maiores taxas de violência de gênero do mundo. Para se ter uma ideia, segundo dados de pesquisas nacionais, 72% das mulheres de Fiji sofrem violência de gênero - quando a média global é de 35%. Elas também têm baixa representação em postos de liderança. Dos 560 parlamentares do Pacífico, 48 são mulheres e apenas 10 são mulheres Fijianas.
Entre as ativistas que se destacam, estão Narayan, Raduva e Maisamoa. Elas lutam por mais espaço de inclusão para mulheres. O trabalho delas tem o objetivo de reduzir a discriminação contra mulheres e crianças - o que resulta em desigualdades que as tornam mais propensas a serem expostas a riscos e perdas induzidas por desastres em seus meios de subsistência. Além disso, elas atuam para incentivar a resiliência para que as mulheres se adaptem às mudanças no clima.
Maisamoa, por exemplo, representou sua associação no projeto da reconstrução do mercado de Rakiraki, que agora apresenta infraestrutura resiliente a um ciclone de categoria 5, um sistema de captação de águas pluviais, drenagem resistente a inundações e um design sensível ao gênero.
Para além desses impactos socioculturais está a emergência climática. Diante desse cenário, a resposta das mulheres do Pacífico é exigir mais envolvimento na tomada de decisões relacionadas ao clima e se engajando totalmente nas respostas climáticas, principalmente por serem elas a parte mais afetada.

¿ ONU
¿ Wilma Santos

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