Os desafios dos refugiados na pandemia da COVID-19 - Unicap
Superlotação, situação precária de saneamento básico e com difícil acesso a água. Com condições como essas, setenta milhões de pessoas em deslocamento estão altamente vulneráveis a Covid-19. Refugiados, que vivem em acampamentos ou abrigos, ambos os lugares em difíceis condições higiênicas, não encontram facilidade em cumprir medidas que parecem simples, como lavar as mãos com água e sabão e manter isolamento social. O encontro da Covid-19 com a população que se encontra em campos de refugiados, terá um impacto veloz e brutal.
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Com alto risco de contaminação, gerada pelas circunstâncias de alojamentos precários e sistema de saúde sobrecarregado, agora, diante da pandemia, os emigrados têm um novo desafio: os países vêm fechando suas fronteiras, o que os coloca novamente em uma situação de vulnerabilidade. O representante do ACNUR, José Egas, alerta para que o acolhimento de imigrantes não seja cessado. Segundo ele, os países devem ter cuidado com suas fronteiras, mas, que isso não se aplique ao “fechamento das rotas de pessoas que fogem de guerra ou perseguição e o acesso delas aos sistemas de asilo.” O mundo enfrenta um inimigo, o Coronavírus. Mas os migrantes enfrentam vírus, fome e guerra. Além da busca incessante por um lar.
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Seria essencial que houvesse uma união plural, onde todo o mundo tivesse omo objetivo combater o vírus. No entanto, não haverá um combate até que todos estejam protegidos. Os refugiados não estão. Os migrantes não têm acesso igualitário ao sistema de saúde, testes e tratamentos do Coronavírus. O foco primordial deveria ser, portanto, ligado à preservação da vida, sem que haja medo e preconceito. Outro desafio que os refugiados devem enfrentar é com a economia. As consequências da necessidade de quarentena são múltiplos no mundo inteiro, um deles é o efeito causado na economia, que também ataca os refugiados, pois, muitos buscam, como forma de recomeçar, abertura de comércios, micro empreendimentos. E em alguns lugares do mundo, como o Brasil, a falta de documentos oficiais dificulta no recebimento de um auxílio emergencial. Diante de tantas dificuldades, os olhares deveriam se voltar para essa população.
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