Publicado Por: Francisco Secchim Ribeiro

A luta por igualdade deve ser uma busca constate, não só das mulheres, mas de todos. Assim também deve ser no meio político, e em 2020, deve-se procurar alterar os números alcançados em 2016, quando apenas 11,6% das mulheres ocuparam o cargo de prefeitas e 13,5% ocuparam os cargos de vereadoras.

Neste ano, há ainda uma preocupação com a sub-representação das mulheres na política por causa da pandemia do Coronavírus, que reduziu a intenção de candidaturas. Mas esse obstáculo deve ser rompido e colocar mulheres em grandes cargos deve ser cada vez mais importante pois a representatividade pode inspirar mais mulheres a ocupar espaços.

De acordo com o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a população brasileira é composta por 48,2% de homens e 51,8% de mulheres. Esse dado mostra que as mulheres são maioria no país, mas não em cargos de poder. Contraditório. Nos partidos brasileiros, as mulheres são minoria, principalmente negras e LGBT.

A Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados tem lutado para que esses números mudem com apoio do TSE. Na última semana de setembro, a Secretaria da Mulher lançou uma cartilha de conscientização de violência de gênero na política, uma das causas da baixa das mulheres nesses cargos, visto que há um histórico de ofensas e corte de liberdade de expressão das mulheres que têm vida pública. Na pandemia, a violência chega a um novo espaço, nas redes sociais. A invasão de reuniões online foi uma das formas usadas para importunas candidatas.

Democracia é soberania popular e, com consciência, o voto deve usado para eleger quem melhor pode representar o povo. E quem seria melhor para representar a pluralidade se não quem parece quem tem a vivência e luta pelos mesmos ideais da maioria? Votar em mulheres em 2020 representa um avanço político de busca por equidade, representatividade.

Matéria: Odara Hana

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