Cooperação Sul-Sul e Justiça Climática: Professor Manoel Moraes representa a UNICAP em sua 2ª participação em evento internacional sobre Direitos Humanos - Unicap

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Cooperação Sul-Sul e Justiça Climática: Professor Manoel Moraes representa a UNICAP em sua 2ª participação em evento internacional sobre Direitos Humanos

Publicado Por: Roberto Regis

Neste dia 25 de julho de 2025, a cidade de São Paulo sediará um evento de grande importância para o diálogo internacional sobre direitos humanos e cooperação global: a Segunda Mesa Redonda China–Estados Latino-Americanos e Caribenhos sobre Direitos Humanos, promovida pelo Instituto de Estudos Financeiros de Chongyang (RDCY), da Universidade Renmin da China. A iniciativa reforça a aproximação entre China e países da América Latina e Caribe (ALC), promovendo uma agenda conjunta em torno da dignidade humana e dos desafios contemporâneos que afetam o Sul Global.

Representando a Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), o Professor Manoel Severino Moraes de Almeida — coordenador da Cátedra UNESCO/UNICAP de Direitos Humanos Dom Helder Camara — é um dos convidados para este encontro internacional. A sua contribuição se destaca pelo tema que levará à discussão:

"Mudanças Climáticas e os Impactos nos Direitos Humanos: desafios e perspectivas".

Em um ano emblemático para o Brasil, que se prepara para sediar a COP-30 em Belém, o debate sobre a crise climática ganha ainda mais urgência. Os extremos ambientais vividos no país — como as enchentes no Rio Grande do Sul, o avanço do desmatamento na Amazônia e a instabilidade hídrica em diversas regiões — escancaram as interseções entre a degradação ambiental e a violação de direitos fundamentais.

“A emergência climática é reveladora de nossas limitações e negligências com a nossa Casa Comum”, afirma o professor Manoel Moraes. “Os impactos das mudanças climáticas não são apenas ambientais; são também sociais, econômicos e profundamente humanos”.

No documento-base que inspira sua participação, o professor analisa os biomas brasileiros, como a Amazônia, o Cerrado e a Mata Atlântica, ressaltando sua importância vital para a regulação climática e a sustentação da vida. Ele denuncia a expansão predatória da fronteira agrícola, o avanço da mineração e o modelo econômico baseado no rentismo e na exploração insustentável de recursos, como elementos centrais das crises que se avolumam.

Citando a encíclica Laudato Si’ do Papa Francisco, ele lembra que:

“O ambiente humano e o ambiente natural se deterioram juntos;
não podemos combater adequadamente a degradação ambiental
a menos que atendamos às causas relacionadas à degradação humana e social” (LS, 48).

A presença do professor Manoel Moraes na mesa redonda é também um marco do compromisso da UNICAP com o pensamento crítico, a ação acadêmica e a promoção dos direitos humanos em sua dimensão planetária. Ao integrar um espaço de cooperação multilateral como este — que envolve especialistas da China, América Latina e Caribe — o professor fortalece os laços entre as universidades, contribui com a construção de um conhecimento comprometido com o bem comum e reforça a importância da cooperação entre os povos do Sul Global.

“É preciso transformar a economia que mata em uma economia de vida”, declara o professor, ecoando o chamado do Papa Francisco por uma mudança urgente no modelo de desenvolvimento.

Um debate necessário, uma agenda urgente

Com base nas mais recentes pesquisas do IPCC e na análise das tragédias ambientais no Brasil, o professor alerta que os efeitos das mudanças climáticas já estão sendo sentidos de forma brutal:

  • Aumento da temperatura média e eventos extremos mais frequentes
  • Redução das chuvas em regiões-chave como o Nordeste e a Amazônia
  • Ameaças à biodiversidade e aos modos de vida tradicionais
  • Agravamento da insegurança alimentar e hídrica
  • Colapso dos serviços ecossistêmicos, como os "rios voadores" da Amazônia

A proposta de Manoel Moraes é clara: repensar o modelo de desenvolvimento, com base na justiça social, sustentabilidade ambiental e cooperação internacional. E isso exige não apenas ação política e jurídica, mas também o protagonismo das universidades e da sociedade civil organizada.

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