Semana da Mulher discute Segurança Alimentar e Justiça Social - Unicap
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Semana da Mulher discute Segurança Alimentar e Justiça Social
A programação da 21ª Semana da Mulher na Unicap promoveu uma mesa redonda para discutir o tema “Segurança Alimentar e Justiça Social”. A conversa aconteceu no auditório G1, na noite desta quinta-feira (16) tendo como palestrantes a representante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e deputada estadual Rosa Amorim (PT); a coordenadora da Faculdade de Direito, professora Juliana Teixeira Esteves; e a advogada e colaboradora do Instituto Humanitas (IHU), Flora Oliveira. A mediadora foi a professora da Escola de Ciências Jurídicas da Unicap Rogéria Gladys.
A primeira a falar foi Rosa Amorim. Ela afirmou que a fome e a vida das mulheres estão completamente relacionadas no Brasil. “A fome dos lares chefiados por mulheres é muito maior do que a fome dos lares chefiados por homens", explicou Rosa citando dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan).
Segundo pesquisa da Rede Penssan, o índice de fome nos lares chefiados por mulheres saltou de 11,2% para 19,3%, enquanto os domicílios liderados por homens passou de 7% para 11,9% nos últimos anos. Rosa defendeu uma política de combate à fome para diminuir a desigualdade social.
Ela relatou a campanha do MST “Mãos Solidárias” que tem o objetivo de partilhar os alimentos produzidos pelos assentados junto à população que vive nas periferias. Já foram mais de 100 mil toneladas de comida e quatro milhões de marmitas distribuídas no Brasil, sendo dez mil toneladas em Pernambuco, além de quatro milhões de marmitas distribuídas. “A solidariedade tem relação direta com esse combate à fome”, analisou Rosa.
É o que defende também a educadora popular Daniere Sousa, que atua na Comissão Pastoral da Terra, na região da Zona da Mata Norte de Pernamuco. “O que a gente pode fazer num país que se diz majoritariamente cristão e que tem pessoas passando fome? Que mensagem do evangelho é essa?”, indagou ela.
Daniere, que é farmacêutica por formação, afirma que é preciso resgatar os valores de solidariedade, da partilha, da coletividade. “Eu vejo que isso está presente dentro das comunidades que a gente apoia. As mulheres são as protagonistas. Isso deve servir de referência para as mulheres da cidade”, disse a educadora que desenvolve atividades de apoio no processo de organização e na luta por direitos das mulheres.
Outras questões estruturais ligadas à fome no Brasil foram tratadas pela professora Juliana Teixeira. Ela fez uma análise de como o modelo do agronegócio estruturado em commodities prejudica a soberania alimentar e, consequentemente, a segurança alimentar no país. “O Agro traz dinheiro para o PIB, mas só expande o mercado de comodities, principalmente milho e soja, ou seja, dinheiro para quem já é rico. Isso diminui o espaço geográfico para a produção de outros alimentos como feijão. Esse modelo substitui os investimentos que deveriam ser feitos na agroecologia e nas pequenas produções”.
Dados apresentados por Juliana revelam que de 1981 a 2022, houve diminuição do espaço físico para a plantação de feijão em 54%. “Não à toa a gente pega um estouro no preço do feijão e consequentemente mais fome”.
A questão do mercado de trabalho e a sua relação com a fome foi o aspecto discutido pela professora Flora Oliveira. Advogada trabalhista, ela lembrou que 2023 marca os cinco anos da Reforma Trabalhista que alterou 200 artigos prometendo novos empregos formais não cumpridos, mas que precarizou uma classe que já vinha se adoecendo, necessitando de muito mais cuidado e cautela. “Mas eu acredito que reforçando o diálogo social, recordando os textos da nossa CLT, a gente tem sim possibilidade de voltar a sonhar”.
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