Engenharia da Complexidade - Bacharelado

Autorização : CONSEPE PLENO Nº 035, 03 de outubro de 2019

Grau:

Bacharelado

Carga Horária:

4.296 horas

Turno Oferecido:

Integral

Coordenação: Prof. Dr. Fernando Artur Nogueira Silva

1. Objetivo Geral do Curso

Formar engenheiros capazes de atuar em ambientes interdisciplinares como promotor da integração entre as diversas áreas do conhecimento científico, com visão internacional, conectado com o mercado de trabalho e agente responsável pela promoção da inclusão social e a construção de uma sociedade justa e coesa.

Autorização: CONSEPE PLENO Nº 035, 03 de outubro de 2019.

Duração do curso: 5 anos – 10 períodos

  • Construir um perfil profissional mediante o desenvolvimento de competências e habilidades nos seguintes domínios de conhecimento: Matemática, Engenharia de Tecnologia da Informação e Automação, Engenharia Elétrica e Eletrônica, Mecânica e Engenharia de Materiais, Ciências do Meio Ambiente e Energias, Gestão, Empreendedorismo & Organização Industrial, Humanidades e Línguas Estrangeiras;
  • Despertar no(a) estudante a necessidade de intervir como profissional e cidadão na realidade socioeconômica para transformá-la, a partir de ações e atitudes fundamentadas na solidariedade consciente e responsável;
  • Desenvolver no(a) discente competências técnicas e sociais por meio de metodologias ágeis de aprendizagem aplicadas na solução de problemas práticos e reais, tendo a práxis como protagonista no processo de aquisição do conhecimento;
  • Possibilitar ao(à) aluno(a) a oportunidade de obter uma formação internacional, de até dois anos do curso, nos campi de: Nantes, Toulouse, Paris e Lille na França, Douala, em Camarões e Kinshasa, na República Democrática do Congo, e Quito, no Equador.

Os objetivos são, gradualmente, implementados na medida em que as turmas vão construindo o percurso formativo em sintonia com o perfil do egresso estabelecido no Projeto Pedagógico do Curso. Neste sentido, o aluno acompanha a evolução da tecnologia, desenvolvendo valores, atitudes e curiosidade investigativa, com o apoio de uma estrutura curricular flexível, trans e interdisciplinar, que promove o aprimoramento de métodos viáveis para solucionar problemas regionais, considerando as demandas e oportunidades da sociedade local.

A política de egressos para os futuros formandos do curso de Engenharia da Complexidade da Universidade Católica de Pernambuco visa apoiar a transição dos estudantes para o mercado de trabalho e promover a empregabilidade após a conclusão do curso. Para este fim, a Coordenação do Curso, com o apoio do Núcleo Docente Estruturante, se propõe a:

  • Criar programas de mentoria;
  • Assegurar o acesso dos alunos a uma rede de profissionais e empresas da área das engenharias;
  • Inserir os alunos na Rede ICAM ALUMNI -https://www.icam-alumni.fr/en       
                 • A ICAM ALUMNI é uma rede de ex-alunos do ICAM que auxilia os graduados do curso a terem sucesso em suas vidas profissionais e  pessoais, conduzindo workshops de busca de emprego para jovens engenheiros, compartilhando ofertas de emprego e realizando sessões informativas, bem como sessões de autorreflexão. Há suporte adicional disponível para engenheiros com dificuldades.
  • Promover cursos de atualizações sobre oportunidades de carreira e envolvimento em eventos e atividades relacionadas às diversas áreas da engenharia abordadas na formação dos alunos.
  • Promover a interação entre os egressos e os alunos para compartilhamento de experiência e atualização profissional.
  • Estimular a participação dos egressos em Projeto de Extensão do Curso e da Universidade.

O perfil do egresso foi delineado tomando como base os requisitos das Diretrizes Curriculares Nacionais e os princípios humanistas que norteiam a identidade e a missão da Unicap.

O egresso do Curso de Engenharia da Complexidade, a partir do desenvolvimento de competências e habilidades e da vivência de um modelo de formação ético-humanista, é um profissional capaz de contribuir com novos conhecimentos, dar respostas condizentes aos desafios das inovações, interagir com a dinâmica do mercado tecnológico local e regional e atuar de forma consciente para promover os valores da solidariedade e do bem-estar da comunidade.

Tais valores estão referenciados nos conteúdos curriculares e nas atividades práticas que integram o processo formativo.

O Engenheiro da Complexidade é um profissional com formação interdisciplinar, empreendedor, dotado de sólidos conhecimentos científicos, aberto ao diálogo, com competência para direcionar o desenvolvimento econômico ao serviço do homem, dentro de uma visão sistêmica da ecologia integral. Demonstra na sua atuação técnica os seguintes atributos:

  • Inteligência do concreto (todas as informações diretamente relacionadas à realidade são tratadas e assimiladas);
  • Agilidade, senso crítico, inovação, pensamento disruptivo e habilidade para lidar com riscos; Visão sistêmica e de longo prazo, discernimento, decisão, capacidade de se colocar no lugar do outro;
  • Aptidão para pesquisar, desenvolver, adaptar e utilizar novas tecnologias, com atuação inovadora e empreendedora;
  • Potencial de reconhecer as necessidades dos usuários, formular, analisar e resolver, de forma criativa, os problemas de Engenharia;
  • Capacidade de atuação multidisciplinar e transdisciplinar em sua prática;
  • Domínio dos aspectos globais, políticos, econômicos, sociais, ambientais, culturais, de segurança e saúde no trabalho;
  • Propriedade de atuar com isenção e comprometimento com a responsabilidade social e com o desenvolvimento sustentável;
  • Conhecimento teórico e experimental de um amplo campo científico e técnico com habilidades analíticas e de síntese, para lidar com projetos complexos e multi tecnológicos;
  • Domínio das ferramentas e métodos da engenharia, com habilidade e agilidade digital;
  • Atributo para conduzir uma abordagem científica colaborativa no contexto de atividades de pesquisa e desenvolvimento;
  • Habilidade para gerenciar as equipes que coordena no interesse do sucesso coletivo, respeitando o bem comum;
  • Dom de combinar o senso de concretude, agilidade e criatividade sendo capaz de assumir riscos, empreender e iniciar mudanças;
  • Senso crítico para extrair informações relevantes de ferramentas disponíveis ou construir suas próprias ferramentas adaptando-as a uma necessidade específica;
  • Competências para atuar em diferentes campos técnicos e científicos e até aqueles que sejam inéditos para ele, com inteligência para identificar os variados espectros de conhecimentos presentes em seus projetos, com faculdade de interagir com cada um dos especialistas que atuem nos projetos.

O Engenheiro da Complexidade porta um conjunto de técnicas de saber e de saber-fazer, econômicas, sociais, ambientais e humanas, assentadas sobre uma sólida formação cultural e científica, aliada a uma robusta formação em cultura geral que permite uma visão global de qualidade ao trabalho que realiza (projeto/obras/produtos/serviços). Nessa perspectiva, o egresso do curso tem qualidades profissionais que o habilitam a atuar nos seguintes setores:

  • Indústria automobilística, ferroviária e naval;
  • Empresas de consultoria e engenharia;
  • Indústria aeronáutica e espacial;
  • Empresas de fabricação de máquinas e equipamentos;
  • Empresas de gestão de execução de obras públicas;
  • Empresas do setor de energias;
  • Empresas de tecnologia da informação, em setores que podem atuar desempenhando ações de: produção e atividades conexas, estudos, pesquisa e projeto, direção geral, consultoria estratégica, gestão de pessoas e organizações, gestão e desenvolvimento de sistemas de informação.

Ao longo do Curso de Engenharia da Complexidade, o estudante desenvolve, de maneira progressiva e com grau de exigência crescente, um portfólio de 13 (treze) competências referenciais que são divididas em três grupos, conforme detalhado a seguir. 

GRUPO 1: Grupo de competências associadas à aquisição de conhecimento científico e técnico e o domínio de sua aplicação
C1. Possui o conhecimento teórico e experimental de um amplo campo científico e técnico, além de habilidades analíticas e de síntese para lidar com projetos complexos e multi-tecnológicos; 

C2. Deve ter condições de se adaptar a diferentes campos técnicos e científicos mesmo desconhecidos para ele. Ele identifica os diferentes campos de conhecimento presentes em seus projetos e interage com cada um dos especialistas envolvidos; 

C3. Ter senso prático e crítico para caracterizar um problema, projetar e desenvolver soluções, sistemas e produtos; 

C4. Dominar as ferramentas e os métodos do engenheiro e ter uma agilidade digital. Ele é capaz de empreender um trabalho de inovação em um pensamento disruptivo; 

C5. Ter a capacidade de conduzir uma abordagem científica colaborativa no contexto de atividades de pesquisa e desenvolvimento; 

C6. Exercitar o senso crítico para extrair informações relevantes das ferramentas de inteligência empresarial. Ele reformula e os adapta à sua problemática. 

GRUPO 2: Grupo de competências associadas às demandas específicas da empresa e da sociedade 

C7. Adotar uma postura de condutor da atividade que realiza, lidando com habilidade, com os interesses do cliente, com as questões associadas ao custo, com a qualidade e com o tempo de entrega. Integra a estratégia da empresa e tem comportamento propositivo e possui capacidade de realizar iniciativas responsáveis; 

C8. Ter responsabilidade de conduzir a atividade, gerenciar as equipes com foco no interesse coletivo, no respeito do bem comum com atenção especial às questões de segurança e saúde no trabalho. Ter capacidade de mobilizar sua capacidade de formador de opinião para se posicionar de maneira adequada no seu ambiente profissional; 

C9. Saber lidar com questões e necessidades do planeta e da humanidade em qualquer momento de sua ação em consonância com o slogan “Pense globalmente e aja localmente”. Age de acordo com os princípios da ecologia integral.   

GRUPO 3 Grupo de competências associadas à dimensão organizacional, pessoal e cultural  

C10. Tratar as pessoas com benevolência, através de sua capacidade de comunicação e sua habilidade de compreensão das pessoas e das organizações; ser capaz de mobilizar pessoas e grupos e contribuir para o desenvolvimento individual e para a dinâmica dos projetos em equipe; 

C11. Ser capaz de combinar um senso de concretude, agilidade e criatividade e ter a capacidade de assumir riscos, realizar e iniciar mudanças. Ter engajamento no nível da empresa, da sociedade e na sua vida pessoal; 

C12. Ser capaz de exercer sua profissão de engenheiro, em português e em inglês, em uma situação intercultural: por suas habilidades de comunicação, por seu conhecimento de sistemas culturais e pelas experiências realizadas durante o curso de graduação; 

C13. Ser atencioso e dar sentido à sua ação. Ele sabe discernir, refinar seus desejos e expectativas, identificando seus valores para decidir e assumir suas escolhas profissionais, pessoais e sociais. Nesse contexto, o Engenheiro da Complexidade é capaz de gerenciar suas habilidades em uma perspectiva de aprendizagem ao longo da vida. 

As Atividades Complementares são componentes curriculares de caráter científico, cultural e acadêmico cujo foco principal é o estímulo à prática de estudos independentes, transversais, opcionais e interdisciplinares, de forma a promover, em articulação com as demais atividades acadêmicas, o desenvolvimento intelectual do estudante, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Quando são efetivadas de acordo com as diretrizes da UNICAP, aprovadas pela Resolução CONSEPE/UNICAP nº 009/2005 de 06.05.2005, e promovem a aquisição de conhecimento e o desenvolvimento de competências e habilidades, verificados por meio de avaliação, serão validadas academicamente pela UNICAP, mesmo se realizadas em situações de aprendizagem fora da Universidade, desde que vinculadas ao mundo do trabalho e à prática social.

O aluno do Curso tem a possibilidade de realizar até dois anos de sua formação (2º e/ou 3º anos) em um dos campi no exterior. As cidades de possível mobilidade acadêmica são ase seguintes: Lille, Toulouse, Paris e Nantes na França, Douala em Camarões, Kinshasa na República Democrática do Congo, Quito no Equador e Manila, nas Filipinas.  

O período estudado fora é naturalmente incorporado ao percurso acadêmico do estudante porque todas as atividades pedagógicas que ele realiza no exterior no período de mobilidade acadêmica, são as mesmas realizadas no Brasil.  

Da mesma forma que o aluno brasileiro tem a possibilidade de realizar sua mobilidade acadêmica em uma das cidades acima listadas, os estudantes destas cidades também podem realizar dois anos de sua formação na UNICAP.   

O que possibilita esta mobilidade acadêmica em duplo sentido – Brasil para campi no Exterior e Campi no Exterior para Brasil, é que o idioma utilizado no desenvolvimento de todas as práticas pedagógicas do respectivo ano é o inglês, não importa o campus que o aluno vá realizar a sua mobilidade. 

Durante o período de mobilidade acadêmica no exterior, o aluno do Curso pode também realizar estágios. 

A extensão é entendida como prática acadêmica que aproxima a Universidade, nas suas atividades de ensino e pesquisa, às demandas da sociedade na qual ela está inserida, possibilitando, assim, a formação do profissional cidadão e caracterizando o ambiente universitário como espaço privilegiado de produção do conhecimento significativo para superação das desigualdades sociais existentes.

Dentre os programas de Extensão desenvolvidos, destacam-se:

  • Cursos, Conferências, Seminários

  • Atividades Artístico-Culturais

  • Atividades Desportivas

  • Assistência à Saúde

  • Assistência Espiritual e Religiosa

  • Assistência Estudantil

  • Assistência Social

  • Assistência Jurídica Gratuita

  • Assistência Psicológica e Fonoaudiológica

  • Apoio aos Movimentos Populares

  • Unicap para a 3ª Idade

  • Projeto Horizonte

Avaliação Baseada em Competências

A organização acadêmica do curso adota o conceito de Currículo por Competência, no qual se concretiza a passagem de um modelo ensino centrado em saberes disciplinares para uma proposta metodológica voltada à valorização de competências que se desenvolvem e se aperfeiçoam na medida em que são exercitadas em situações específicas.  

Trata-se de um processo formativo que articula conhecimentos, habilidades e atitudes para o desenvolvimento integral da pessoa.  

A noção de competência adotada no curso está relacionada à capacidade de articular, mobilizar e aplicar um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes em um contexto específico. A concepção curricular do Curso pressupõe uma compreensão de aprendizagem que abarca a aquisição de competências que se articulam em três dimensões para formar o profissional versado para enfrentar os desafios do presente e aberto às inovações que antecipam o futuro, são elas: conhecimento (saber-conhecer), habilidades (saber-fazer) e atitudes (saber-conviver).  

O currículo baseado em competências está em constante movimento, articulando o contexto social e cultural às atividades acadêmicas. Esta articulação é fundamental para que as competências sejam desenvolvidas no processo formativo e contribuam para a construção do perfil do egresso. Neste sentido, para se atingir o perfil desejado do egresso, a organização curricular foi harmonizada para associar o processo de ensino-aprendizagem, a utilização de metodologias e o modelo de avaliação por competências.  

Para cada competência são definidos os resultados de aprendizagem e os critérios de avaliação. Um resultado de aprendizagem descreve, de maneira verificável, o que se espera que o aluno saiba, compreenda e seja capaz de fazer após a conclusão de determinada atividade pedagógica do curso.  

O resultado da avaliação é aferido mediante atribuição dos seguintes conceitos, a cada um dos respectivos critérios: 

EX para Supera - excedeu o nível de aprendizado esperado; AC para Adquirido - atingiu o nível de aprendizado esperado; WE para Em Aquisição - não atingiu satisfatoriamente o nível de esperado (falhas   "menores" recuperáveis foram constatadas); NA para Não Adquirido - o aluno não atingiu o nível de aprendizado esperado: lacunas significativas foram observadas. 

O cálculo do resultado da aprendizagem de cada semestre de uma determinada competência baseia-se nas avaliações das atividades pedagógicas de cada domínio em causa. A aquisição de uma competência no final de cada semestre do curso é alcançada através da síntese das avaliações de resultados de aprendizagem em todos os domínios de conhecimento do curso. 

O esquema apresentado sumariza o processo de avaliação utilizado ao longo do Curso. 

 

Tendo por base o Projeto Pedagógico do Curso e o portfólio de competências/habilidades que o egresso incorpora ao longo de sua formação, o Engenheiro da Complexidade poderá desempenhar, no exercício profissional, as seguintes atribuições e atividades:

a) Desempenho de cargos, funções e comissões em entidades estatais, paraestatais, autárquicas, de economia mista e privada;

b) Planejamento ou projeto, em geral, de regiões, zonas, cidades, obras, estruturas, transportes, explorações de recursos naturais e desenvolvimento da produção industrial e agropecuária;

c) Estudos, projetos, análises, avaliações, vistorias, perícias, pareceres e divulgação técnica;

d) Ensino, pesquisas, experimentação e ensaios;

e) Fiscalização de obras e serviços técnicos;

f) Direção de obras e serviços técnicos;

g) Execução de obras e serviços técnicos;

h) Produção técnica especializada industrial;

i) Gestão, supervisão, coordenação, orientação técnica;

j) Coleta de dados, estudo, planejamento, anteprojeto, projeto, detalhamento, dimensionamento e especificação;

k) Estudo de viabilidade técnico-econômica e ambiental;

l) Assistência, assessoria, consultoria;

m) Direção de obra ou serviço técnico;

n) Vistoria, perícia, inspeção, avaliação, monitoramento, laudo, parecer técnico, auditoria, arbitragem;

o) Desempenho de cargo ou função técnica;

p) Treinamento, ensino, pesquisa, desenvolvimento, análise, experimentação, ensaio, divulgação técnica, extensão;

q) Elaboração de orçamento;

r) Padronização, mensuração, controle de qualidade;

s) Execução de obra ou serviço técnico;

t) Fiscalização de obra ou serviço técnico;

u) Produção técnica e especializada;

v) Condução de serviço técnico;

w) Condução de equipe de produção, fabricação, instalação, montagem, operação, reforma, restauração, reparo ou manutenção;

x) Execução de produção, fabricação, instalação, montagem, operação, reforma, restauração, reparo ou manutenção;

y) Operação, manutenção de equipamento ou instalação;

z) Execução de desenho técnico.


Engenharia da Complexidade – 2024.1 - Atualizado em 21.05.2024 

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