Pronunciamento Oficial do Reitor da Unicap - Unicap
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Pronunciamento Oficial do Reitor da Unicap
Pronunciamento Oficial do Reitor da Unicap
Abertura do 2º semestre de 2021
1. A bala de canhão que provocou uma mudança de vida...
No século XVI, na batalha de Pamplona, entre tropas francesas e
espanholas, no meio de mortos e feridos, um soldado basco foi
atingido por uma bala de canhão. Ali mesmo os sonhos de um cavaleiro
poderiam ter terminado, mas graças à sua resistência e coragem, ele
conseguiu escapar e ser repatriado. No castelo de Loyola, foi recebido
e cuidado pela família, mas o estado era grave. Além disso, o jovem e
vaidoso Inigo optou por uma cirurgia arriscada para corrigir um defeito
na perna afetada, apostando na ciência da época. Mesmo com as
advertências de riscos, assim foi feito. O tempo de convalescência,
porém, reservara ao cavaleiro ferido outras batalhas, desta feita no
mundo interior. Nesse combate espiritual, morreu o cavaleiro
medieval a serviço do rei e nasceu um peregrino a serviço de Deus.
Algumas grandes decisões marcaram o novo momento: deixou tudo
para dedicar-se ao bem dos outros, peregrinou sozinho e a pé até o
meio universitário mais efervescente da época, onde resolveu estudar
humanidades e teologia e, nesse contexto, junto com um grupo de
estudantes sonhadores, fundou uma ordem missionária. A Companhia
de Jesus nasceu numa universidade.
O episódio da bala de canhão que mudou o curso da vida de Inácio
de Loyola está completando 500 anos, momento favorável para nós
jesuítas revisitarmos as fontes dessa experiência mística, partilhando
com as pessoas com as quais trabalhamos o apelo de renovar todas as
coisas: “ver novas todas as coisas em Cristo” é o lema do ano inaciano.
De certa forma, a Unicap existe por causa de histórias como essa, não
somente identificada com o grupo que fundou a ordem dos jesuítas,
mas também graças à história de tantos homens e mulheres, com
suas lutas e batalhas, gerando mortos, feridos e, igualmente,
sobreviventes que decidem não apenas continuar existindo, mas
decidem reinventar a vida e renovar a tradição em vista de um futuro
diferente.
Estamos em uma guerra contra a pandemia do coronavírus: quase
600 mil perderam a vida no Brasil, muitas pessoas estão feridas e nós
somos sobreviventes, embora todos marcados por uma experiência de
perdas. Além da ameaça real que o coronavírus representa, a
pandemia revelou muitas mazelas de nossas sociedades, agravando
ainda mais os problemas históricos, estruturais e geradores de
desigualdades, injustiças e desumanidades. Nesse passo, todos fomos
afetados e estamos adoecidos com essa pandemia. Resta agora ver
como vamos trabalhar nossa convalescência? Como ressignificar
nossa existência? O que vai mudar em nossa vida pessoal e
profissional?
2. O tempo não para e a Unicap não parou no tempo...
Nós não paramos, desde que a pandemia teve início e tivemos que
redobrar nossos esforços para conviver com o risco de contaminação e
garantir o funcionamento da universidade e os laços de uma comunidade em tempos de distanciamento social. A Unicap não parou, isso significa, também que ela precisou adaptar-se e, hoje, não somos mais a mesma universidade. A Católica de Pernambuco não mudou porque nós decidimos, por decreto, mas porque o mundo mudou e todos tivemos que incorporar mudanças, acelerar processos, fazer diferentemente. No entanto, essas mudanças forçadas pela pandemia, deverão agora ser objeto de nossa reflexão para aprendermos com a experiência e, assim, trabalhar novas deliberações e fazer novas escolhas. Apesar das incertezas, podemos adiantar que algumas mudanças são provisórias, outras vieram para ficar, outras ainda estão em gestação... E cada um(a) de vocês poderá dar sua contribuição, mas, por favor, sem saudosismo do antigo normal que, como sabemos, era bastante anormal, desigual e cheio de vícios. Vivamos as saudades das pessoas, dos encontros, dos espaços de convivência e, sobretudo, cultivemos saudades do futuro. Em 2023, a Unicap celebrará 80 anos de seu primeiro projeto universitário.
Preparemo-nos, neste segundo semestre, para que, na abertura de 2022,
possamos ter uma universidade completamente renovada, compatível
com o século XXI...
Quais os sinais dessas mudanças já em curso na Unicap?
2.1. Depois daquela decisiva semana de março de 2020, demos a
virada do século com as aulas remotas. Vale lembrar que havíamos iniciado, um ano antes, com a disponibilização do Google Classroom e as capacitações necessárias para seu uso mais eficaz. A pandemia acelerou o processo de universalização do uso de tecnologias da informação no ensino da Unicap. Não haverá volta, certamente, para essa interação alcançada. A renovação de práticas pedagógicas em vista dos processos de aprendizagem está prevista em nosso PDI e no Plano Estratégico, além de serem necessidade contínua em uma universidade. Destaco aqui a necessidade de atualização de currículos, como foram feitos nas Licenciaturas e nas Engenharias, além da criação de cursos novos, também arrisquemos cursos inovadores, como foi o caso da Engenharia da Complexidade, introduzindo novas tecnologias no ensino. Destaco a criação do Núcleo de Assessoramento Pedagógico para auxiliar na construção e atualização de currículos inovadores com foco no desenvolvimento de competências e habilidades de acordo com o perfil dos egressos que a Unicap almeja lançar no mundo do trabalho.
Chamo a atenção para uma necessidade inadiável: precisamos
melhorar nossos índices nas avaliações externas, do contrário, o discurso
da qualidade será um discurso institucional vazio. Nesse caso, faz-se
necessária uma nova forma de lidar com o ENADE, inclusive repensando o nosso estilo de avaliações, adotando as exigências do ENADE como parte estruturante da própria cultura acadêmica.
Da mesma forma, devemos investir nos PPGs na campanha Capes + 1.
Não posso, porém, falar dessa exigência sem agradecer, de coração, pelos avanços concretos, empenho e criatividade diante da diminuição de incentivos das políticas públicas brasileiras. Sabemos o que representa de trabalho e estresse as exigências do famoso Sucupira, tudo feito dentro do prazo: muito obrigado! Agradeço igualmente pelo empenho no PIBIC: de 2020/2021 tivemos 440 estudantes participantes e 253 projetos ativos e, já em andamento para o PIBIC 2021/2022 mais de 600 planos inscritos.
2.2. A transformação de Centros em Escolas é uma realidade em
movimento. Os espaços físicos não refletem ainda essa mudança, mas os
modelos de gestão e os processos de tomada de decisão já dependem
dessa nova concepção. Na nossa última reunião de diretoria ampliada, ou seja, reitoria juntamente com os diretores e as diretoras das Escolas, ficou claro que não podemos tomar decisões sem considerar as realidades específicas e diferenciadas do conjunto de cursos de cada Escola. Não somente enriquece o processo de gestão, como precisa de
responsabilidade, autonomia e diferenciação. As pró-reitorias tornaram-se transversais ou as direções criaram uma horizontalidade da decisão.
2.3. Unicap-Icam TECH: foi uma reviravolta no CCT. Mas, apesar das
dificuldades, está sendo inovada a partir de dentro, provocada pela
parceria internacional, o que levanta também a questão da
internacionalização geral da Unicap (Política de Internacionalização está
sendo trabalhada). Ainda este ano deveremos receber mais de 40
estudantes da França e dos Camarões, para fazer intercâmbio aqui e,
nossos alunos preparam-se para viajar também: como sabemos, o novo
curso de Engenharia da Complexidade supõe pelo menos um ano inteiro
fora do país. Olivier du Bourblanc, assessor para o projeto, depois de dois anos, voltará para a França: antes, ele representava o Icam aqui; agora, nos representará lá. Merci beaucoup et à plus, Olivier et famille!
2.4. Destaco também a importância de ampliarmos a oferta de cursos
EAD: os primeiros cursos foram lançados há um ano, precisamente, mas
todos os cinco são da Escola de Educação e Humanidades. Como vencer as barreiras e sair dos impasses? Como envolver todas as Escolas e cursos?
Como pensar criativamente e de forma diferenciada a oferta de EAD com a nossa cara? Conto com a persistência do diretor da Unicap Digital, prof. Carlos Jahn, e com uma construção participativa, segundo as exigências de uma universidade comunitária. Não considerem EAD apenas como concorrência interna, pois precisamos ir mais longe: além do Polo Recife, temos Polo em João Pessoa e em Aracoiaba, no interior do Ceará, inclusive com experiências de convênios e já inscrições no Prouni. Precisamos abrir novos Polos...
2.5. Outro componente desses novos Polos deve ser a Católica
Business School. A crise da pandemia não inibiu o crescimento da nossa
Escola de Negócios: dos 110 estudantes de antes, passamos aos 989 de
hoje e ainda temos chance de aumentar o número com a campanha que
está no ar. Importa não somente criar novas ofertas, mas pensar nossos
diferenciais, notadamente com temas e estilo próprios de uma instituição comunitária e não uma simples concorrente do chamado mercado.
Destaco a importância da primeira secretaria sem papel, realidade que
aponta para o futuro, mas já é presente na Unicap.
2.6. O Campus Olinda continua sendo o nosso grande desafio, mas
também um projeto promissor que mudará o jeito de ser universidade,
fazendo ponte entre centro e periferia, relação entre questão ambiental e realidade social dos mais empobrecidos. Em princípio, todos os nossos
projetos de Extensão serão realizados no novo campus. Além do trabalho contínuo da Pró-reitoria Comunitária e de Extensão, demos dois passos importantes: por um lado, estamos tratando com a Prefeitura de Olinda os serviços que poderão ser prestados nesse espaço de 5 hectares, inclusive como a cessão de terreno para construção de uma escola modelo; por outro lado, estamos tratando com a Secretaria Desenvolvimento Urbano e Habitação de Pernambuco, projetos de infraestrutura que permitirão um melhor acesso ao morro e aos serviços, não somente para a comunidade acadêmica mas sobretudo para os habitantes de quase 10 bairros populares no entorno.
2.7. Concluo esse conjunto de sinais das mudanças, com um
agradecimento ao trabalho hercúleo que está sendo feito para viabilizar a
implantação do novo sistema Acadêmico/Totvs, inicialmente envolvendo
DTI e DGE e, agora, já estendido às Secretarias das Escolas, docente e
estudantes. Trata-se de um processo complexo, com muitas tensões, que
demanda muita paciência e resiliência porque a virada não se dá com
perfeição e efetividade automáticas. Vamos vivenciando os processos
acadêmicos, como está sendo agora a matrícula, corrigindo,
aperfeiçoando. O Totvs destina-se a dar mais fluidez às demandas de
todos os usuários. Não tem sido fácil por conta da pandemia e seus
protocolos, mas também porque temos que trabalhar praticamente com o novo e o antigo atendimento de rotina concomitantemente. O transtorno passa, o benefício ficará. A transformação digital da Unicap é uma realidade.
3. Unicap e a reinvenção comunitária de uma universidade
Paradoxalmente, a experiência de trabalhar na Unicap a partir de
casa deveria nos ajudar a aprofundar a necessária distinção entre casa e
trabalho. Claro que a gente entende as frases carinhosas e as melhores
intenções de afirmações tipo “a Unicap é minha segunda casa”. Mas não
podemos abusar da fórmula, porque ela não ajuda a compreendermos a
construção de uma verdadeira comunidade universitária, realidade tão
difícil quão necessária. A Unicap não é extensão de nossa casa, não é uma empresa que vende produtos de educação, não é uma estatal, não é uma paróquia disfarçada: a Unicap é, de direito e de fato, uma instituição comunitária, de finalidade pública não estatal, sem fins lucrativos, ou seja, todo percentual de lucro quando há, deve ser imperativamente revertido para o benefício da comunidade. E a presença de jesuítas aqui é para contribuir na construção de uma comunidade: certamente guardando a inspiração jesuíta do projeto fundador, mas em diálogo com as mais diferentes espiritualidades, concepções, ciências, outros modos de ser, de
pensar e de viver. Porque antes de trabalharmos os adjetivos inspiradores “católica, jesuíta e humanista”, temos que garantir o substantivo universidade e sua natureza jurídica comunitária, segundo as leis brasileiras.
A noção de comunidade é bastante complexa, sobretudo para uma
instituição de direito privado, submetida às leis de um país como o Brasil, regida pelo regime de trabalho e marcada, necessariamente, pelos
conflitos de interesses, não somente de uma sociedade como a nossa
cheia de desigualdades, mas pelos interesses próprios das pessoas e
grupos que formam a comunidade. Nem vou falar da questão ideológica e dos conflitos de ideias e ideais que devem fazer parte da pluralidade
constitutiva de uma universidade, mas que no atual estágio da democracia brasileira, não deixa de ter seus problemas. Tomemos um exemplo não menos complexo: a questão dos custos e a sustentabilidade financeira da instituição. Além das perdas que tivemos por conta da pandemia, optamos por renúncias para garantir o funcionamento: os 10% de redução por adimplência garantiram fluxo de caixa, mas representaram cerca de 7 milhões de renúncia financeira, em menos de um ano. Há quem fale que economizamos muito sem o funcionamento total dos prédios da Unicap: no entanto, isso não representa nem 2% das despesas.
Portanto, vocês podem imaginar o peso que foi garantir salários em
dia e também não realizar demissões durante todo o ano de 2020.
Seguramos o máximo possível, mas tínhamos que tomar uma atitude
responsável e cortar na carne porque o custo Unicap é muito alto:
entendam bem que o problema não é nosso, mas de uma economia como a do Brasil. Como se não bastasse, há um conflito latente e velado, mas muito real, entre os salários de professores e funcionários e as
mensalidades pagas pelos estudantes e/ou suas famílias: normalmente,
as categorias trabalhistas esperam aumentos salariais, conquistas que podem ser justas, mas não isonômicas para outras categorias, como os
pais de nossos estudantes; por sua vez, os estudantes reivindicam
aumento zero e descontos. O problema é que o pagamento dos salários,
nas instituições comunitárias, depende do pagamento das
mensalidades... Dito isso, entremos em outro tema desconfortável:
segundo as leis trabalhistas, os contratos têm prazos, o tempo de serviço
inclui aposentadorias e prevê demissões, solicitadas ou decididas pelo
empregador.
Uma realidade básica que se complica no cotidiano de uma
instituição comunitária, católica, humanista, sobretudo quando a gente a
considera nossa “segunda casa”, nossa segunda família... Não há tempo
bom para fazer demissões. Estamos tentando profissionalizar o máximo
possível, em nome da complexidade da instituição e das leis, mas ainda
não estamos satisfeitos com os processos.
Confesso, com toda sinceridade, diante de vocês: eu, pessoalmente,
não sei fazer isso e nem pude aprender nesse tempo de Unicap. E, do
ponto de vista do processo, não acho que cabe ao reitor fazer essa
comunicação, como algumas pessoas esperam, como se fosse uma
deferência receber a notícia de demissão do reitor. Creio que fica ainda
mais constrangedora a situação, porque o reitor, além de ser uma pessoa como as demais, é uma função simbólica carregada de imaginário. A pessoa não se sentiria nem à vontade para ter a reação que precisa ter, seja ela qual for. Uma das mudanças implantadas nesses últimos anos foi o setor de Recursos Humanos a quem cabe esses processos, de forma profissional. Dito isso, não significa que a diretoria não tomou a decisão conjunta sobre cada demissão, nem significa que não houve um processo de solicitação vindo do setor por razões diversas. Asseguro-lhes que, geralmente, são processos bastante longos e demorados. Um problema que não depende de nós: se as pessoas pedissem demissão no tempo que julgassem oportuno, perderiam parte dos recursos inerentes à indenização; e, se forem demitidas, esse ônus da decisão caberá aos gestores... Diante desse dilema, criamos a possibilidade de “demissão voluntária”, algo que poderá, com o tempo, ajudar a todos.
As demissões não representam um juízo de valor sobre o tempo de
serviço nem a dedicação da pessoa à instituição. Assim como a lei
brasileira distingue aposentadoria da ruptura do contrato de trabalho nas instituições de direito privado, seria interessante que as pessoas
contratadas pela Unicap distinguissem a ruptura do contrato de trabalho
da relação com as pessoas dessa comunidade, incluindo os colegas que
têm a difícil função de realizar o processo rescisório, a quem eu gostaria
de agradecer, de coração, sobretudo em nome dos jesuítas, porque isso
cria uma dificuldade para o imaginário nosso e das pessoas.
Normalmente algumas pessoas podem ser demitidas da Unicap simplesmente por falta de carga horária ou por mudança de demanda dos serviços; claro, outras podem ser demitidas por avaliações dos serviços prestados ou por necessidade de inovar processos; outras ainda podem ser por acúmulo de benefícios devido ao tempo de serviço, aumentando exponencialmente o custo Unicap, inclusive criando disparidade de salários com outras pessoas que ocupam a mesma função e têm um salário bem menor.
A grande maioria das demissões iniciadas depois de um ano de pandemia foi pelo custo salarial muito além do que se pode continuar pagando... Outro aspecto que nos faz pensar: a Unicap lança no mercado de trabalho cerca de 1.500 jovens profissionais a cada ano, mas não consegue abrir nem 1% de vagas... Enfim, gostaria de ser o mais transparente possível com vocês, ciente que a realidade não é simples, mas apostando na capacidade de compreensão das pessoas e no senso de corresponsabilidade que supõe uma comunidade.
4. Novidades na agenda: a partir deste 2º semestre...
A Unicap não parou e continua aberta, inclusive como posto de
vacinação, por sinal bastante concorrido. Mas, infelizmente, não podemos arriscar um retorno às aulas presenciais ainda. Primeiro, porque nossa universidade é feita para o encontro e para a proximidade: e isso não é possível agora. Segundo, porque a política de vacinação do Brasil, como sabemos, está aquém da nossa grande tradição vacinal, muito lenta em relação ao números da pandemia e da ameaça das novas variantes. Assim, o retorno às atividades presenciais continuarão gradativamente e de forma planejada, inclusive assumindo a diferenciação real de cada Escola, seus cursos e seus públicos.
Mas, junto com esse retorno gradativo, teremos também a
inauguração de novos projetos que passarão a fazer parte da nova
realidade da Unicap:
4.1. Inovação: como vocês sabem, a Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-
graduação ganhou mais uma letra na sigla, o “I” de Inovação e Prof.
Anthony é o assessor de Inovação, o que começará a ser mais visível no
espaço a ser reformado e ocupado, no antigo Itaú... A Política de Inovação assim como a de Internacionalização estão seguindo alguns trâmites ainda, mas já gostaria de agradecer ao trabalho decidido e cuidadoso de nossa pró-reitora Profa. Dra. Valdenice Raimundo. Outro projeto que foi incubado na PROPESPI é a...
4.2. Unicap Prata: como reinventar a vida depois dos 60 anos? A pergunta pode ser feita antes dos 60, mas a questão é que precisamos planejar o nosso envelhecimento, fazer projeto de vida inclusive para o tempo da aposentadoria. Será lançada logo mais e esperamos ser uma resposta a mais para uma grande demanda da sociedade. A Profa. Cirlene, apesar de ainda jovem, aceitou a função de assessora da Unicap Prata e contará com o apoio de secretaria da funcionária Maria das Dores Santana, que deixa a Assecom para assumir essa nova e importante função.
4.3. A Unicap, em cumprimento à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), realizou dois atos: primeiro, a reitoria aprovou as Políticas de Segurança da Informação e Proteção de Dados - o que será objeto de oportuna e didática comunicação entre docentes e funcionários; segundo ato, está nomeando e apresentando à comunidade universitária o seu Encarregado de Proteção de Dados: trata-se do responsável pela comunicação entre o titular de dados (toda pessoa que tem ou teve os seus dados pessoais confiados à Unicap) e esta universidade, bem como entre esta e o órgão de Estado responsável pela regulação da proteção de dados no Brasil.
O Encarregado de Proteção de Dados proporá a implantação de toda uma agenda relacionada à segurança da informação, em respeito aos direitosfundamentais à intimidade, privacidade e proteção de Dados,
consolidando um conjunto de ações que vêm sendo realizadas desde
2018. Agradeço ao Rodrigo Pellegrino que aceitou assumir essa nova
função, reduzindo o tempo de chefia de gabinete para meio expediente.
4.4. Agradecendo ao Instituto Humanitas, quero ressaltar a importância
das campanhas de solidariedade que têm sido contínuas e precisam
continuar, pois as necessidades continuam para muita gente de rua e das periferias, mas também para nossos estudantes: a solidariedade
continuada poderia ser uma marca de uma IES comunitária.
Gostaria também de destacar uma novidade gestada no Humanitas: a partir deste semestre, está sendo inaugurada a Agenda de Trilhas Culturais (ATC) que, fazendo coincidir a sigla, terá valor de Atividades Complementares. Esse novo projeto integra as demandas acadêmicas das atividades complementares, componente curricular obrigatório, com a vocação artística e cultural de nossa universidade, tão fortes na cultura nordestina e pernambucana. Com o objetivo de ofertar oficinas nas áreas da arte e da cultura, a ATC proporcionará aos estudantes conhecimentos práticos, por meio de metodologia dinâmica que favorecem a criação artística.
Mensalmente, teremos uma agenda de trilhas, cujas oficinas gratuitas e
diversificadas, poderão ter suas cargas horárias validadas para Atividades
Complementares. Também, se insere na perspectiva da integração
comunitária e nas ações transversais, na medida que funcionários,
docentes e parceiros da Unicap assumirão como facilitadores nas áreas da música, artes visuais, cinema, teatro, dança, artes plásticas, dentre outras.
Antes da conclusão, quero reafirmar a importância do Ano da
Consciência Negra na Unicap, marcando os 50 anos da Consciência Negra no Brasil: quero agradecer pelas iniciativas em curso e continuar
fomentando novas ações de combate ao racismo institucional. Como
sabemos, a pandemia revelou mais ainda a gravidade do racismo
brasileiro, aumentando o número de massacres e de violências. Claro que a questão não terminará com o final do ano, mas devemos aproveitar esse tempo favorável. Não é uma agenda somente do povo negro, mas de toda a universidade, do contrário não seremos fieis à nossa vocação humanística. Proponho que cada Escola pense na indicação do título de Doutor(a) Honoris Causa de uma personalidade negra, podendo ser alguém da Unicap ou da sociedade.
Gostaria que o processo de indicação pudesse acontecer antes da Semana da Consciência Negra deste ano, embora a solenidade possa ser combinada para depois... Trata-se de uma dívida histórica, um gesto simbólico em um estado escravocrata como é Pernambuco e uma forma de contribuição com a construção de uma sociedade sem racismo.
Concluo, enfim, dando as boas-vindas ao 2º semestre, convidando
vocês a um passeio afetivo pelo campus. Cada um poderá usar a sua
própria imaginação e recordar os espaços que mais gosta, as pessoas que mais tem saudades, as atividades que mais nos identificam... Além dessa trilha própria de cada um, convidamos um jesuíta indiano para ser nosso guia em um outro estilo de visita, para ensaiar o nosso retorno ao
campus, passo a passo, como se fosse uma dança... Nietzsche disse que
só acreditaria em Deus se ele dançasse. Pensem nessa afirmação e na
imagem de Deus que ela revela. Mas, queria resgatar aqui também o
desafio assumido pelo poeta e professor convidado da Unicap, como ele
registra no próprio CV, o Cardeal José Tolentino Mendonça. Inspirado na
provocação de Nietzsche, ele começa um de seus belos livros dizendo “Eu creio em um Deus que dança”. Ensaiemos juntos, cada qual em seu ritmo e em seu compasso, a dança do retorno como um louvor ao Criador, à Criação e às Criaturas.
Em nome do Deus de todos os nomes, de todas as raças, de todas as
criaturas, bem-vindos à Unicap, neste segundo semestre de 2021!
Prof. Dr. Padre Pedro Rubens Ferreira Oliveira
Reitor da Unicap
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Expediente - Coluna 1
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Acontece na Unicap
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Seminário: O Passado que Fala ao Futuro
No mês em que se celebraram os 76 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Prevenção à Violência...
No mês em que se celebraram os 76 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Secretaria de Justiça,...
Feliz Natal e próspero ano novo !
Que a magia do Natal encha nossos corações de luz, inspiração e alegria! Desejamos a todos um Natal cheio de paz e um Ano Novo repleto de saúde e amor!
Que a magia do Natal encha nossos corações de luz, inspiração e alegria! Desejamos a todos um Natal cheio de paz e...
Nova Informação - Edital de Seleção de Bolsas de Extensão da Pós-graduação
NOVA INFORMAÇÃO - Edital retificado As Pró-reitorias de Pesquisa e Pós-Graduação e de Graduação da Universidade Católica de Pernambuco lançam o edital...
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Missa de Natal na Unicap: União, Gratidão e Esperança
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