UNICAP sedia a 2ª Oficina Conjunta com a População em Situação de Rua

No dia 14 de agosto de 2025, a Universidade Católica de Pernambuco recebeu a 2ª edição da Oficina Conjunta com a População em Situação de Rua, iniciativa que reúne a Fiocruz, o Ministério Público e a Defensoria Pública, em parceria com movimentos sociais e representantes da sociedade civil.

Mais do que um evento, a oficina se consolida como um espaço de escuta ativa, construção coletiva e protagonismo popular. Durante um dia de intensa troca e aprendizado, foram discutidos temas como moradia, segurança alimentar e os direitos de crianças e adolescentes — sempre em diálogo direto com as pessoas em situação de rua, e não apenas sobre elas.

Universidade como espaço de transformação social

Para o professor Manoel Moraes, da Cátedra Unesco Unicap de Direitos Humanos Dom Helder Camara, sediar a oficina representa o cumprimento de uma missão histórica da universidade:

“É um compromisso com a justiça social e os direitos humanos.”

A fala reforça o papel da Unicap como um lugar de acolhimento, reflexão crítica e ação cidadã — especialmente quando se trata de dar voz a populações historicamente invisibilizadas.

Escuta, denúncia e construção de soluções

O promotor de Justiça Westei Conde destacou a importância de ouvir diretamente quem vive essa realidade nas ruas:

“O diálogo com quem vive essa realidade é essencial para construirmos soluções efetivas.”

Representando o Colaboratório PopRua em Pernambuco, Ana Alice alertou para os desafios cotidianos enfrentados por essa população:

“Ainda há barreiras físicas e sociais que dificultam o acesso a direitos básicos.”

Já Jailson Santos, do Movimento Nacional da População de Rua, fez um apelo contundente pela proteção da infância:

“Estamos perdendo nossas crianças para o trabalho infantil. Elas precisam crescer com dignidade.”

Compromisso com políticas públicas mais justas

Ao final dos debates, a oficina busca sistematizar as principais demandas e experiências em propostas concretas, capazes de orientar políticas públicas mais justas, eficazes e inclusivas.

Mais do que apontar problemas, o encontro reafirma que é pela escuta, participação e articulação coletiva que se constroem caminhos reais de transformação social.