Unicap sedia Congresso da Compolítica 2025 e debate os desafios da ciência em tempos de datificação e inteligência artificial
Daniel França
Publicado 15/05/25
Unicap sedia Congresso da Compolítica 2025 e debate os desafios da ciência em tempos de datificação e inteligência artificial
Publicado Por: Daniel França
Abertura do evento contou com mesa solene, apresentação cultural e conferência inaugural sobre ciência aberta e soberania de dados. Deputado federal Túlio Gadêlha participou do evento e defendeu o debate público sobre o papel das big techs na democracia brasileira.
Na noite desta quarta-feira (14), o auditório G2 da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) foi palco da cerimônia de abertura do Congresso da Compolítica 2025, um dos mais relevantes encontros acadêmicos do país voltados à reflexão sobre comunicação e política. Com o tema “Ciência Aberta, Humanidades Digitais e Monetização de Dados: desafios democráticos e epistemológicos para a pesquisa em comunicação e política”, o evento propõe um mergulho crítico nas transformações provocadas pela intensa datificação da vida nas primeiras décadas do século XXI.
A solenidade de abertura contou com a presença de autoridades acadêmicas, representantes políticos e pesquisadores de diversas partes do Brasil. A mesa foi composta pelo Vice-reitor da Unicap, Prof. Dr. Pe. Delmar Araújo Cardoso; pelo presidente da Compolítica e membro da comissão organizadora do evento, Prof. Dr. Sivaldo Pereira da Silva; e pelo professor da Unicap e também membro da comissão organizadora, Prof. Dr. Juliano Domingues da Silva.
O início da cerimônia foi marcado por uma apresentação cultural do grupo de choro Flor de Maracujá, primeira formação artística da Unicap. Com um repertório voltado para estilos tradicionais da música brasileira — como o choro, a valsa, o maxixe, e o samba — o grupo é formado por estudantes, egressos e funcionários da Universidade.
Capitalismo de dados e os rumos da ciência
O tema central do congresso busca refletir sobre como os dados gerados cotidianamente na internet são capturados, utilizados e monetizados por grandes corporações. Ao mesmo tempo, o debate sobre ciência aberta e humanidades digitais se fortalece como contraponto, propondo novas formas de circulação de conhecimento, democratização da pesquisa e fortalecimento de redes colaborativas.
Essa dualidade — entre a mercantilização da informação e as possibilidades de transformação social por meio da ciência — norteia as atividades do congresso, que é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Soberania de dados em pauta
A presença do deputado federal Túlio Gadêlha (Rede-PE) reforçou a relevância das discussões. Gadêlha destacou a urgência de um debate nacional sobre a soberania dos dados digitais brasileiros, ressaltando os entraves enfrentados pelo Congresso Nacional para fiscalizar conteúdos e informações que circulam em plataformas digitais controladas por empresas estrangeiras.
“Esse é um debate muito importante sobre comunicação, sobre política, sobre soberania de dados, agora com a inteligência artificial e a gente precisa trazer esse tema para a sociedade, porque eu costumo dizer que o Congresso funciona como um amortecedor de um carro, só funciona sobre pressão", disse.
Premiação e conferência inaugural
Durante a abertura, foram anunciados os vencedores do Prêmio Compolítica de Teses e Dissertações, que reconhece trabalhos acadêmicos de excelência nas áreas de comunicação política e tecnologias digitais. A entrega dos prêmios foi conduzida pelas professoras Érica Anita e Grazielle Albuquerque.
Encerrando a noite, a conferência inaugural ficou por conta da doutora Ketlen Stueber, pesquisadora em Educação em Ciências pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Sua fala aprofundou as implicações epistemológicas da ciência aberta, os impactos dos algoritmos na produção do conhecimento e os riscos da monetização de dados para a autonomia da pesquisa acadêmica.
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