Unicap celebra 25 anos do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica

O Programa de Bolsas de Iniciação Científica da Unicap (Pibic) está celebrando 25 anos. E para marcar a data, a Pró-reitoria de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação prestou uma homenagem aos coordenadores que estiveram à frente do Programa ao longo desse tempo.

• Galba Maria de Campos Takaki;
• Edilene Freire de Queiroz;
• Dario Brito da Rocha Júnior.

Em função de compromissos previamente agendados e por estar morando fora do Recife, algumas homenageadas não puderam comparecer:

• Arminda Saconi Messias;
• Maria da Graça de Vasconcelos Xavier Ferreira;
• Carmem Lúcia Brito Tavares Barreto;

A solenidade de abertura aconteceu no anfiteatro do bloco G4 e contou com as presenças da Pró-reitora da área, Valdenice José Raimundo; do Pró-reitor Comunitário e de Extensão, Padre Delmar Cardoso; da coordenadora de Pesquisa, Marina Barros; e da assessora da coordenação de Pesquisa, Érica Uchôa.

Valdenice abriu a solenidade fazendo questão de agradecer às gerações que contribuíram para a consolidação da Pesquisa na Unicap. “Quando a gente agradece, a gente também tem que reconhecer a contribuição do outro e da outra no processo. E reconhecer também é marcar na história, deixar o legado. Cada um tem um legado aqui na história da Universidade Católica de Pernambuco”.

Padre Delmar ressaltou que o Pibic representa o link entre a graduação e a pós-graduação. “Uma universidade não é universidade se não tiver a pesquisa, se não tiver a pós-graduação, se não tiver a investigação, a iniciação, a investigação científica. Então, esse trabalho que parece simples, na verdade, é muito importante, porque é uma espécie de seiva. A seiva a gente não vê na árvore, não é? Mas é isso que faz a árvore estar livre, ou seja, faz a árvore produzir seus frutos”.

A pioneira do Pibic na Unicap, Galba Takaki, historiou o processo que deu origem ao Programa e os procedimentos instalados para a concessão de bolsas. Ela explicou que o Programa Institucional de Bolsas para Iniciação Científica (Pibic) é uma iniciativa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que faz parte do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Suas principais missões incluem impulsionar a pesquisa científica e tecnológica e estimular a formação de pesquisadores no Brasil.

Este programa teve origem em 1987, quando o CNPq se deparou com um grande número de bolsas de iniciação científica não utilizadas devido a excessiva burocracia. A Universidade de São Paulo (USP) recebeu, em 1991, cerca de 563 dessas bolsas, ampliando as oportunidades de pesquisa na instituição.

Para avaliar o programa, a Pró-reitoria de Pesquisa deveria realizar um evento anual de Iniciação Científica, onde os bolsistas apresentariam seus trabalhos. Representantes do CNPq também participariam para revisar e renovar o programa.

Na Unicap, o Pibic foi implementado como base para a pesquisa. E o ponta pé inicial se deu quando a Católica sediou a Jornada de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe) em 1998. “Isso estimulou docentes, discentes e a liderança acadêmica”, relembrou Galba.

Nesse mesmo ano, a Assessoria de Pesquisa e Iniciação Científica preparou o primeiro edital de bolsas, que contemplou cerca de 100 bolsas a partir de agosto de 1998, com o apoio de comitês designados pelo então Reitor da Unicap Padre Theodoro Peters. “Eu havia pedido 15 bolsas e fui surpreendida quando Padre Peters autorizou 100. Corri como uma louca para implantar, mas estava muito feliz”, recorda Galba.

Em 1999, a Unicap iniciou programas de pós-graduação em diversas áreas, como Psicologia Clínica, Linguagem, Direito, Engenharia Civil e Processos Ambientais. Essas iniciativas buscavam fortalecer a pesquisa e o desenvolvimento acadêmico da Universidade. Atualmente são doze programas de pós-graduação entre mestrados e doutorados.

A professora Edilene foi a terceira coordenadora de pesquisa da Unicap. Ela relembrou o Projeto de Desenvolvimento Sustentável de Rio Formoso, em parceria com a ONG suíça Avina e que envolveu toda as áreas da Universidade. Outros feitos destacados por Edilene foram o registro de patentes e a implantação do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid).

Na sequência, Dario Brito, que foi sucedido por Marina Barros, relacionou seu período de oito anos entre assessor e coordenador ao contexto histórico: impeachment, governos Temer e Bolsonaro e pandemia. “Não foi fácil”, disse ao se referir aos sucessivos cortes de bolsas. Apesar dos desafios, o professor apresentou números que representam o fortalecimento da pesquisa na Unicap.

“Esses números não cabem somente a Dario, cabem a Marina, cabem a todos os comitês, cabe a Sarah, cabe a Nanda, a Roberto, a todo mundo que trabalha com pesquisa, a todos os professores da Universidade e a todos os alunos”, disse Dario ao fazer um agradecimento coletivo às equipes envolvidas nas conquistas.