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Totalmente premiados: professores de Engenharia da Complexidade conquistam 1º lugar no Prêmio Inove do CREA-PE

Totalmente premiados: professores de Engenharia da Complexidade conquistam 1º lugar no Prêmio Inove do CREA-PE
Um projeto desenvolvido por professores do curso de Engenharia da Complexidade conquistou o primeiro lugar na terceira edição do Prêmio CREA-PE de Inovação e Sustentabilidade da Engenharia, Agronomia e Geociências (INOVE). Com a nota 88,67, o trabalho “Barco autônomo para monitoramento de recursos hídricos: batimetria e qualidade de águas” foi desenvolvido pela equipe dos professores Fernando Arthur e Hilário Jorge.
A iniciativa chamada carinhosamente como Barco Drone da Unicap conquistou a premiação realizada pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco — entidade que valoriza soluções tecnológicas e sustentáveis aplicadas nos setores de infraestrutura, meio ambiente e desenvolvimento socioambiental no estado.
Em entrevista, o professor Fernando Arthur explicou que a premiação representa mais do que um troféu: é um atestado de que um projeto acadêmico se transformou em uma solução com relevância profissional e social. O barco nasceu como requisito pedagógico no curso de Engenharia da Complexidade, onde estudantes do segundo ano desenvolvem embarcações em pequena escala. Segundo ele, “esse projeto começou como protótipo de laboratório e foi crescendo em várias versões e ganhou dimensão muito maior que uma dimensão meramente acadêmica”, refletindo anos de trabalho coletivo integrado entre docentes, alunos e parceiros externos.
Fernando destacou que a ideia se consolidou a partir de experiências práticas: “um dos primeiros alunos da turma de 2020 foi fazer um estágio no Porto do Recife e lá a gente descobriu vários problemas que precisavam ser resolvidos. Foi definido esse projeto de pesquisa e inovação que era fazer a batimetria do canal do porto e controle da qualidade da água”, permitindo acompanhar em tempo real tanto o perfil do fundo — essencial para segurança e navegação — quanto parâmetros físico-químicos da água próximos às áreas de operação portuária. A partir desse contexto surgiu a necessidade de uma solução que alia tecnologia, sustentabilidade e aplicação prática em monitoramento ambiental.
Para Fernando Arthur, a conquista no Prêmio Inove sela uma trajetória de reconhecimento que envolve diversas frentes: “o reconhecimento de quem representa os profissionais de engenharia; mostra que o projeto é inovador, interessante para a indústria local; as práticas pedagógicas baseadas em inovação foram reconhecidas em todas as esferas”, inclusive após o curso receber nota máxima (5) em grande parte dos indicadores na avaliação do MEC — um feito inédito para um curso em fase de reconhecimento — e a criação do novo título profissional de Engenheiro da Complexidade no Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea).
O docente também destacou a pluralidade de conhecimentos envolvidos: “esse projeto é multidisciplinar, envolve engenharia elétrica, eletrônica, materiais, mecânica, informática, automação, gestão de pessoas e professores de variados domínios de conhecimento e alunos de diferentes países”, ressaltando como a proposta convergiu saberes e práticas diversas em um único artefato tecnológico e pedagógico.
Já o professor Hilário Jorge aprofundou os aspectos técnicos do barco, explicando que o desenvolvimento teve múltiplas versões: a primeira concluída em 2022 e a segunda entregue ao Porto, que inicialmente demandava apenas a medição de profundidade. “os alunos trazem ideias e aí foi implementada uma célula analítica que faz o trabalho de funcionar como um termômetro do meio ambiente”, coletando dados de pH, oxigênio dissolvido, condutividade e turbidez para indicar contaminações ou alterações na qualidade da água. Dessa forma, a embarcação vai além de um simples instrumento de batimetria, incorporando sensores e algoritmos que proporcionam uma visão ampla do estado dos recursos hídricos.
Quanto à construção física, o barco incorpora soluções inovadoras de sustentabilidade: “ele possui um casco leve, fabricado com partes impressas em polímero biodegradável montado como um quebra-cabeça e depois submetido a um processo de laminação como embarcações convencionais”, resultando em uma estrutura resistente e ambientalmente amigável. A autonomia do veículo é de cerca de três horas com energia limpa, destacando o uso de baterias que podem ser carregadas por painéis solares.
Hilário também comentou sobre os planos e desafios futuros para tornar o barco um produto de maior escala: “pretendemos desenvolver inteligência artificial com os sensores para gerar um diário de bordo que interprete contaminações e consulte normas ambientais e isso tornaria o barco uma ferramenta que devolve algo tangível à sociedade”. A perspectiva de aplicações vai desde prefeituras e órgãos ambientais até empresas de engenharia que necessitam de estudos topográficos e ambientais para obras, além de produtores rurais interessados no monitoramento de açudes.
Ao final, os professores ressaltaram a necessidade crucial de investimentos para avançar rumo à comercialização e expansão da tecnologia. Hilário destacou que grande parte do desenvolvimento ocorreu com recursos próprios dos pesquisadores e professores: “captar investidores anjos ou parceiros que façam essa operação ganhar corpo poderia nos ajudar a operar em escala maior”. Eles ressaltaram que, embora já existam conversas com atores do ecossistema de inovação, existem desafios em estabelecer parcerias que sejam vantajosas para todas as partes.
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