Pedagogia do quilombo como alternativa à necropolítica - Unicap
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Pedagogia do quilombo como alternativa à necropolítica
A Escola de Educação e Humanidades promoveu, na noite desta terça-feira (29), no auditório G2, uma conferência com o coordenador do Núcleo Unicap de Estudos Afrobrasileiros e Indígenas (Neabi), Padre Clóvis Cabral. O evento contou com a participação de alunas e alunos dos cursos de Filosofia, Teologia, Pedagogia e Serviço Social. A mesa dos trabalhos foi composta pelas professoras Graziela Brito e Shalimar Reis.
A partir do lema “Fala com sabedoria, ensina com o amor”, da Campanha da Fraternidade, ele falou sobre o que chama de “invisibilização de estudantes intercambistas, refugiados e refugiadas, quilombolas e povos da floresta”. Padre Clóvis abordou ainda a estratégia de dominação dessas minorias a partir do conceito de necropolítica.
Citando o filósofo camaronês Joseph-Achille Mbembe, Padre Clóvis elencou quatro pontos de operação da necropolítica que consiste na tentativa de eliminar os grupos julgados diferentes dos padrões impostos. Um desses pontos seria a redefinição do outro a partir do uso do poder político, econômico, religioso e cultural.
O segundo ponto seria a evasão da presença do outro. "Temos ilhas de apartação! Afinal, o que são esses condomínios contemporâneos, se não for isso?" O terceiro modo de operação da necropolítica será etiquetar o outro como perigoso ou subversivo. "Quando chamamos alguém de vermelho, comunista", explicou. E o quarto ponto seria a execução propriamente dita. De acordo com ele, além dos assassinatos, a transfobia e o negacionismo seriam exemplos dessas "mortes organizadas".
Padre Clóvis propôs uma ação político-pedagógica como alternativa a este quadro. Ele explicou o seu ponto de vista a partir de três características da "pedagogia do quilombo". Uma delas seria a comunidade de inclusão. "Os quilombos eram espaços para outras pessoas não negras como indígenas e brancos empobrecidos".

Outra característica dessa pedagogia vinda das comunidades quilombolas é o trabalho, "diferente dessa percepção, dessa ideologia de que o povo pobre mestiço do Brasil, do Nordeste, é preguiçoso, as comunidades quilombolas são locais onde se trabalha muito".
Padre Clóvis salientou que a diferença entre o trabalho na 'Casa Grande' e o do quilombo é que neste último, "o fruto do trabalho de todos era dividido para todos, não havia apropriação pessoal, individual". A terceira característica seria a festa. "Depois da colheita, depois que o trabalho era repartido, as comunidades quilombolas faziam festa, dançavam, cantavam, bailavam!"
Ele destacou também a importância da ancestralidade na construção e manutenção do conhecimento dessas comunidades. “Sem as memórias dos mais velhos, não há futuro. Elas são guardiãs das memórias ancestrais”, afirmou o Doutor Honoris Causa da Unicap.
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