Professor da Escola de Arquitetura de Nantes participa de workshop na Unicap

O curso de Arquitetura e Urbanismo da Católica está promovendo um workshop com o professor da Escola Nacional de Arquitetura de Nantes, Laurent Lescop. Ao longo desta segunda-feira (21), professores e alunos do 9º período da Unicap apresentaram pesquisas, estudos e trabalhos ao pesquisador francês. 

A turma da disciplina de Ateliê de Projeto mostrou, por exemplo, maquetes com “papers” de ideias de requalificação para o histórico bairro de São José, no Centro do Recife. A tradução era feita em tempo real pela professora Clarissa Duarte, que faz doutorado em Toulouse. O encontro aconteceu no Pavilhão Maker.

A diretora da Unicap Icam Tech International School, Andréa Câmara, explicou que, em abril deste ano, a Católica firmou um acordo de cooperação técnica com a escola francesa e a partir daí as duas instituições tiveram projetos aprovados pelo programa Erasmus +, que conta com verbas da União Europeia para o desenvolvimento. “Vamos co-criar um artefato urbano num exercício de urbanismo tátil”, pontuou. 

As parcerias institucionais ficaram mais dinâmicas graças a um acordo firmado entre as prefeituras de Nantes e a do Recife há quase 20 anos, o que permitiu serem chamadas de “cidades gêmeas”. A presença de ilhas fluviais, rios e pontes evidenciam muitos pontos em comum entre as duas cidades. 

“Talvez a grande diferença para o Recife é que por lá (em Nantes) passa um elefante gigante mecânico pelo Centro”, brincou Lescop ao fazer referência a um polo de máquinas que simula criaturas e animais e que já faz parte da cultura de Nantes. 

Ele apresentou o perfil da escola e da cidade, que passou por um processo de requalificação urbana a partir de 1986, transformando a vocação em biotecnologia para cultura e artes. De acordo com Lescop, a escola tem aproximadamente mil alunos que desenvolvem anualmente projetos urbanísticos com as mais variadas funcionalidades. “Há uma nova geração de alunos que quer pôr a mão na massa, que quer construir”.

A metodologia adotada pela instituição francesa funciona como um “grande ateliê”, reunindo estudantes de vários perfis. Uma das inovações são as maquetes 360º que fazem um mix com imagens digitais. 

Laurent disse que o conceito chamou a atenção de produtores de cinema que desenvolveram filmes com cenários imersivos. “O Museu do Cinema de Paris chegou a comprar uma dessas instalações”. 

Em outro ponto da apresentação, Laurent fez reflexões sobre os trabalhos de conclusão de curso virtuais. “Isso pode dar um diploma? Acredito que sim”, disse ao defender as novas tecnologias na relação ensino-aprendizagem.